Histórico

Desde 1994, a Universidade Federal de Goiás faz avaliação institucional “Avaliação Institucional na UFG 1994/ 1996”. Até o final de 1997, o foco da avaliação eram os cursos de graduação e a perspectiva metodológica era essencialmente quantitativa “Avaliação Institucional da UFG Projeto Biênio 96/97”. Essa abordagem de avaliação descritivo-analíticagerou mudanças, mesmo que tímidas, no fazer institucional.

A partir de 1998, alguns professores, técnico-administrativos e alunos envolveram-se na construção coletiva de um modelo de avaliação global, tendo como foco o ensino, a pesquisa, a extensão e a gestão. Nasceu, assim, o projeto “Avaliação institucional: uma mudança em curso”, que visava avaliar resultados orientados por metas definidas em planejamentos coletivos, cujo pressuposto era: se o planejamento é coletivo, coletivos também serão os encargos, as obrigações decorrentes, bem como os compromissos com a sua execução. No período de 1998-2001, ocorreu o 1ociclo autoavaliativo reflexivo-participativo, marcado pelo caráter formativo, não punitivo.

Entre os pontos positivos e os limites encontrados nesse processo de avaliação, alguns aspectos foram altamente positivos tanto na proposta quanto na metodologia fundamentalmente uma metodologia qualitativa (grupo de enfoque), aliada aos benefícios de metodologia quantitativa. Esta metodologia, usada na UFG, era então inédita nas avaliações institucionais feitas nas universidades brasileiras.

Em 2002, foi concebido o Programa de Gestão Estratégica(PGE), que contemplou marcos teóricos, como a integração dos processos autoavaliativos; a participação coletiva; a perspectiva da globalidade; o processo formativo e ético; a integração de múltiplos instrumentos avaliativos e a combinação de diversas metodologias; o respeito à identidade e história de cada local de trabalho da UFG. Muitos desses marcos teóricos foram reiterados, em 2003, pela Comissão Especial de Avaliação (CEA), e contemplados nos princípios do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES).

O PGE representou uma das mudanças objetivas produzidas pelo projeto “Avaliação Institucional: uma mudança em curso”, cujo pressuposto foi o planejamento coletivo e que possibilitou compreender melhor a vida institucional da UFG.

No período de 2002-2005, ocorreram os 2oe 3ociclos autoavaliativos. No decorrer do 3ociclo, em 2004, o Ministério da Educação (MEC) implantou o SINAES, que centrava-se na autoavaliação institucional e sugeria metodologias interativas, bem como determinava a criação de uma Comissão Própria de Avaliação (CPA) em cada Instituição de Ensino Superior (IES). Em fevereiro de 2005, a Resolução CONSUNI n o 01/20052criou a CPA da UFG que assumiu o projeto já em desenvolvimento pela CAVI intitulado “Avaliação Institucional: uma mudança em curso. Naquele momento, as duas comissões trabalhavam de forma colaborativa e complementar.

Em 2006, a Resolução CONSUNI no10/20063 institucionalizou o PGE. Nessa oportunidade, em consideração à história de avaliação da UFG ‒ anterior ao SINAES ‒ houve a fusão da CPA com a CAVI (CPA/CAVI), o que marcou o início do 4ociclo autoavaliativo. Este teve como pressuposto a avaliação como um instrumento de gestão, o qual, em conformidade com o projeto de autoavaliação institucional regulamentado, introduziu e aplicou questionários (como alternativa de instrumentos avaliativos), que foram respondidos pelas diversas Unidades Acadêmicas e Núcleos de Gestão.As respostas das questões relacionadas com as dez dimensões autoavaliativas elaboradas pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES), depois de discutidas e analisadas pela CPA/CAVI, compuseram o “Relatório de Autoavaliação Institucional da UFG 2006-2008”.

Em 2009-2010, transcorreu o 5ociclo autoavaliativo, cujo produto “Relatório de Autoavaliação Institucional da UFG 2009-2010”, demonstrou o avanço na condução do processo das Unidades Acadêmicas e Núcleos de Gestão. Nesse ciclo, a CPA/CAVI introduziu um novo instrumento de avaliação, o “Questionário de Avaliação do Desempenho Didático do Docente pelo Discente”. A partir de então, com exceção dos Grupos Focais, utilizados de forma complementar no processo avaliativo, todos os instrumentos de avaliação passaram a ser aplicados por intermédio dos sistemas informatizados.

No início do biênio 2011-2012, no 6ociclo autoavaliativo, a UFG aprovou seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), com vigência para o período 2011-2015. Tal documento passou a integrar as rotinas de autoavaliação, para além dos trabalhos já desenvolvidos pela CPA/CAVI.

Em 2013-2014, no 7ociclo autoavaliativo, foram incorporados ao contexto da AI a autoavaliação dos cursos de graduação pelos estudantes na modalidade Educação a Distância, a autoavaliação dos cursos de pós-graduação pelos estudantes desse nível.

Em 2015, no início do 8º ciclo (2015-2017), em razão de mudanças oficiais no ciclo avaliativo, de dois para três anos, houve mudanças nos instrumentos de regulação para fins de Reconhecimento/Recredenciamento de IES e para Avaliação de Cursos de Graduação, além da implantação na UFG do Sistema Integrado de Gestão (SIG), que levou a CPA/CAVI a elaborar um novo projeto denominado “Renovação e Integração”,ampliando a integração dos processos internos e externos de avaliação e atendendo às premissas iniciais do SINAES, os quais buscam a globalidade das ações para aperfeiçoar os processos avaliativos e melhorar os diversos aspectos institucionais. Os componentes deste projeto constituem: autoavaliação institucional, avaliação do docente, avaliação da turma pelo docente, avaliação discente, avaliação do docente pelo estudante, avaliação do estágio obrigatório, análise dos relatórios do Enade de cursos de graduação presencial e a distância, análise de relatórios de avaliação in loco de cursos de graduação presencial e a distância, análise dos indicadores de qualidade do INEP/Mec e Capes, avaliação do ensino fundamental e médios, avaliação da Instituição pelos egressos, avaliação dos egressos da UFG pelos empregadores, avaliações temáticas sob demanda e grupo focal.

Em 2016 e 2017, por meio do portal institucional, foram colocados à disposição quatro (4) processos avaliativos: autoavaliação institucional (estudantes, professores e técnicos administrativos), autoavaliação discente (estudantes de graduação presencial e EaD), avaliação do desempenho didático do docente pelo estudante (de graduação presencial e EaD), e avaliação da turma pelo docente (de graduação presencial e EaD). Além dos processos rotineiros, foram feitas duas avaliações temáticas sob demanda. A primeira sobre o Sistema de Ética em Pesquisa na UFG, e a segunda acerca do currículo modular recentemente implementado pelo curso de Medicina. Em 2017, o instrumento de avaliação do desempenho didático do docente pelo estudante foi adaptado para possibilitar a avaliação de professores orientadores de estágio.

Em 2018 com uma nova gestão e novas estruturas administrativas da UFG a CPA/CAVI passa a ser denominada somente de CPA e esta é incorporada à Secretaria de Planejamento e Avaliação, recém-criada. A recomposição dos membros da CPA e a introdução de novos instrumentos, avaliação de curso pelo docente e discente, ao já existentes, marcaram o início do 9º ciclo (2018-2020). Aliado aos instrumentos criados houve a implantação do instrumento “autoavaliação do docente” já previsto no projeto anterior e a alteração da periodicidade da AI, passando a ser aplicada em sua totalidade anualmente, cujo produto final é o Relatório parcial de Autoavaliação Institucional 2018.”

Em março de 2020, decorrente da pandemia do Covid-19, o Consuni delibera sobre a suspensão geral de atividades acadêmicas na UFG. A decisão perdurou por seis meses e, após o respectivo período, institui-se o Ensino Remoto Emergencial (ERE). Nesse período, todas as atividades de ensino e pesquisa, principalmente, passaram a ser virtuais e à distância. A UFG desenvolveu resoluções e o franqueamento do RGCG, com a finalidade de garantir a continuidade de suas atividades, ainda que remotamente. Durante esse período, os formulários de avaliação da CPA permaneceram os mesmos do ensino presencial e se acrescentou um formulário específico ao ensino remoto. Os resultados estatísticos desses formulários permearam discussões e aperfeiçoamentos nas resoluções lançadas pela Pró-Reitoria de Graduação, bem como, junto ao Grupo de Trabalho (GT) de Diagnóstico designado pela Reitoria, nortearam a Instituição ao retorno presencial. 

O retorno das atividades presenciais na UFG, em maio de 2022, trouxe também à CPA a recomposição de sua equipe. O fato se decorreu do desmembramento dos Câmpus Jataí e Catalão, em razão de se tornarem Universidades, e da aposentadoria de alguns membros. A nova gestão trouxe um planejamento para o décimo ciclo avaliativo e resgatou ações históricas desta Comissão, com o intuito de se adaptar a realidade da UFG no pós pandemia. Ainda que o Ensino Remoto tenha se encerrado, grande parte das atividades institucionais continuaram remotas e, nesse sentido, a CPA buscou refletir essas mudanças em suas estratégias de avaliação. Para maximizar a representatividade de todas as categorias da comunidade acadêmica, das áreas de conhecimento e das Unidades e Órgãos administrativos, a nova equipe resolveu adotar estratégias, cada vez mais, virtuais. Nesse sentido, rumo aos 30 anos de avaliação institucional na UFG, a CPA adotou um plano de avaliação mais tecnológico, recorrendo às ferramentas virtuais, de tecnologia da informação e comunicação. Nesse contexto e com o intuito de se efetivar junto ao planejamento da Universidade, por meio da Resolução Consuni de n. 146/2022, a CPA passou a ser vinculada à SECPLAN (Secretaria de Planejamento, Avaliação e Informações Institucionais).

Essa vinculação da CPA à SECPLAN não interferiu na sua autonomia em conduzir o processo de autoavaliação institucional, mas, potencialmente, consolidou a apropriação de seus resultados junto à gestão superior, às Unidades Acadêmicas e aos Órgãos administrativos. Nesse contexto, as instalações físicas e demais recursos passaram a ser compartilhados com a respectiva Secretaria. Para amplificar as ações e estudos promovidos pela CPA, na SECPLAN foi criada a Diretoria de Estudos Estratégicos (DEE), cuja finalidade é sintetizar uma série de informações institucionais em diagnósticos voltados ao desenvolvimento institucional. Além das informações e resultados gerados pela CPA, a DEE reúne indicadores estratégicos da Universidade, informações do MEC e organismos de controle (TCU, por exemplo), dos rankings internacionais e os dados da avaliação externa (Enade/ in loco). A apropriação imediata dessas informações extrapolam os diagnósticos e a página da CPA e, cada vez mais, são amplificadas pelo uso do Analisa UFG. O Analisa UFG tem se consolidado como um repositório e ferramenta estratégica no processo de gestão da UFG, e, não obstante, todas as estatísticas produzidas pela CPA já fazem parte desse grande banco de dados.